Trinta horas de barco para fazer cultura...
A Amazônia Legal, formada pelos 7 e Estados da Região Norte - AM, PA, AC, AP, RR, RO e TO -, mais parte do Maranhão e do Mato Grosso, ocupa 59% do território de nosso país, e cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados de barreiras geográficas.
Ainda que Manaus seja a terceira capital brasileira em PIB per capta, Belém, Boa Vista e Palmas estão no fim da fila. No ranking do IDH, o estado que chega mais perto do topo é o Mato Grosso, em 11º lugar.
Os barcos são os principais meios de transporte da região, que o obriga os fazedores de cultura enfrentarem verdadeiras odisséias. Por exemplo, uma comunidade no município de Bagre, na ilha do Marajó, aprovou um ponto de cultura. Para percorrer a distância entre a sede do município e a comunidade beneficiada, são 30 horas de barco, e de lá para Belém são mais 12 horas enfrentando a Baía do Marajó e o Rio Pará. Outro bom exemplo está no fato de uma passagem Manaus-Miame é mais barata que o deslcamento até o Rio Branco (AC) e para a maioria das cidades da região não há linhas aéreas regulares, sendo necessário o fretamento de aeronaves . Isso é o Custo Amazônico. Poderíamos dar inúmeros outros exemplos, mas queremos sensibilizar você a apoiar esta medida de reparação histórica e mitigação das diferenças regionais de nosso enorme país.
O que é Custo Amazônico?
É a expressão utilizada para designar o conjunto de diferenças geográficas e históricas que elevam os custos de produção e circulação cultural na região. As dimensões gigantescas, combinada à ausência de uma infra estrutura, dificultam enormemente o deslocamento em toda a região, gerndo o termo Custo Amazônico. Hoje, por exemplo, quando um município da Amazônia concorre a um edital de ponto de Cultura, diputa o mesmo valor do restante do país, sem considerar essas particularidades. E é exatamente isso que a proposta 187 busca corrigir.
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