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Iphan/MinC integra comitiva que mapeará lugares sagrados no Rio Negro

on segunda-feira, 4 de março de 2013

Integrantes da expedição. Foto: Vincent Carelli


Uma expedição formada por 18 indígenas brasileiros da família linguística Tukano (Tukano, Tuyuca, Pira-Tapuia, Bará, Desana, Tariano e Makuno) está percorrendo o curso do Rio Negro, entre as cidades de Manaus e São Gabriel da Cachoeira, na região amazônica, com objetivo de refazer parte da rota ancestral de lugares sagrados e míticos destes povos.

A expedição faz parte de um programa binacional (Brasil-Colômbia) de cartografia e documentação cultural dos lugares considerados sagrados pelos povos da famílias linguísticas Tukano (cerca de 30 mil indivíduos vivendo nas bacias transfronteiriças dos rios Uaupés e Apapóris), Arawak e Maku.

O grupo partiu de Manaus no dia 19 de fevereiro de 2013 e deve concluir o percurso em 11 de abril. Uma equipe do projeto Vídeo nas Aldeias participa da expedição e está fazendo gravações. A expectativa é a realização de um vídeo-documentário sobre a viagem que servirá de subsídio – juntamente com os demais materiais colhidos- ao desenvolvimento do programa binacional de cartografia e documentação dos lugares sagrados.

Acompanham o trajeto documentaristas, pesquisadores e técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), do Instituto Socioambiental (ISA) e do Ministério da Cultura da Colômbia, instituições que estão apoiando o projeto. Contam com a parceria, também, da Fundação Rainforest da Noruega.

O Ministério da Cultura do Brasil está apoiando o projeto por meio de um convênio firmado entre o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artísticoacional (Iphan/MinC) e o Instituto SocioAmbiental (ISA). A antropóloga Ana Gita, coordenadora-geral de Identificação e Registro da Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan, integra a equipe da expedição no Rio Negro.


A lenda da Rota Mítica
Criados pelo Avô do Universo e vivendo inicialmente em forma de peixe – wai mahsã (gente-peixe) -, estes primeiros ancestrais chegaram aos rios da Bacia do Uaupés e Apapóris depois de uma longa viagem subaquática a bordo de uma Cobra-Canoa, a Anaconda Ancestral, chamada pelos Pira-Tapuia de Pamulin Yuhkusoa (Canoa de Transformação).
Acompanhe a expedição
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(Texto: Ascom/MinC)
(Fotos: Wild Itaborahy e Vincent Carelli, Instituto SocioAmbiental)




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